Pivetta tem o senador biônico Carlos Fávaro (PSD) atravessado na garganta. Ontem, 15, na eleição para prefeito em Lucas do Rio Verde, onde ambos residem, Pivetta não conseguiu se livrar de Fávaro, mas lhe deu um bom troco nas urnas, com a vitória de Miguel Vaz (Cidadania) para a prefeitura daquele município. Vaz massacrou o prefeito Luiz Binotti (PSD), que tentou a reeleição apadrinhado pelo biônico.
Vice-governador, Otaviano Pivetta colecionava vitórias em Lucas, até em que 2016, o biônico então vice-governador de Pedro Taques, montou um esquema político que resultou na eleição de Binotti para a prefeitura e na derrota de Pivetta, que tentava a reeleição.
Ontem o biônico se elegeu senador, mas isso não conta na disputa em Lucas. Lá, o que vale é a vitória de Miguel Vaz, que recebeu 18.283 votos (58,37%) enquanto Binotti não foi além de 11.802 (37,68%). Vaz foi vice-prefeito de Pivetta e disputou a prefeitura com a sua bênção.
Pivetta esperava contar com apoio de Taques, porém, isso não aconteceu. Segundo se comenta nos bastidores políticos, Taques mandou o vice-governador Carlos Fávaro lançar um candidato a prefeito pelo PSD. Fávaro indiciou Flori Luiz Binotti. Flori recebeu 14.408 votos e Pìvetta 14.166. Pivetta teve o registro de sua candidatura cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral na antevéspera do pleito e quando reverteu a situação foi tarde demais – a decisão judicial prejudicou seu desempenho nas urnas.
Eleição em Lucas sempre é muito disputada, mas em 2016 aconteceu um fato atípico que foi decisivo para a derrota de Pivetta. Operários maranhenses contratados por um complexo industrial na cidade foram estimulados a transferirem seus títulos, e teriam recebido generosas injeções de mimos para votarem em Binotti. Fávaro estaria por trás dessa jogada, que foi fatal para Pivetta. Um fosso se abriu. Essa divergência entre Pivetta e Fávaro não dá sinais de cicatrização.
Redação blogdoeduardogomes
FOTO: Comitê de campanha