CASO JOÃO ALBERTO – Polícia Civil prende funcionária do Carrefour

A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (24) uma terceira pessoa suspeita de envolvimento na morte por espancamento de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos.

 

A presa é Adriana Alves Dutra, agente de fiscalização do Carrefour, de 51 anos. Nas imagens que mostram o espancamento de João Alberto, Adriana aparece ao lado dos dois seguranças que o imobilizaram. Nesta segunda-feira (23), a polícia havia identificado contradição no depoimento de Adriana.

A agente de fiscalização foi presa temporariamente e deve ficar detida por 30 dias. A informação foi confirmada pela chefe da polícia, Nadine Anflor, durante entrevista coletiva no Palácio da Polícia, em Porto Alegre, conforme noticia o Uol.

Adriana Dutra é acusada de ser coautora do homicídio e também vai responder por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, uso de recurso que impossibilitou defesa e asfixia. A polícia avalia que a agente de fiscalização foi omissiva em relação à morte de João Alberto, uma vez que não tentou interferir.

“Ela teria o poder de comando sobre os dois seguranças. Por ter posição determinante, a lei contempla como coautora do homicídio. Foi solicitada a prisão temporária e, no meio da tarde, se apresentou na delegacia e foi a anunciada prisão”, disse Vanessa Pitrez, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, segundo o Uol.

Mulher negra segura uma faixa em frente a tropa de choque durante o protesto contra a morte de João Alberto Silveira Freitas, após o mesmo ter sido morto por seguranças brancos no supermercado Carrefour em Porto Alegre, 23 de novembro, 2020.

João Alberto Silveira Freitas foi morto após ser espancado e asfixiado por dois seguranças brancos, na última quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra, em um supermercado da rede Carrefour, em Porto Alegre.

Os seguranças flagrados pelas imagens das câmeras – Magno Braz Borges, de 30 anos, e Giovane Gaspar da Silva, 24 – foram detidos no ato e tiveram a prisão preventiva decretada.

Sputnik Brasil com foto referencial