Câmara de Cuiabá é saco sem fundo

Sede da Câmara de Cuiabá

O governo de Mato Grosso decretou estado de calamidade financeira por 180 dias, não consegue pagar fornecedores nem quitar a folha salarial por completo – e não tem meios para executar obras. Poder arrecadador e que tem a responsabilidade de repassar ao Judiciário e a Assembleia Legislativa, o duodécimo, o Executivo balança na corda bamba. Nos municípios também acontece o mesmo, de modo adaptado: as prefeituras repassam duodécimo às Câmaras. Em Cuiabá, a manutenção da Câmara abocanhará R$ 57 milhões dos cofres públicos, montante esse que a deixa na condição de saco sem fundo.

Nesta segunda-feira, o presidente da Câmara de Cuiabá, Misael Galvão (PSB) demitiu 16 servidores comissionados e contratou 86 – alguns ex-servidores recentemente exonerados. No balanço, a Câmara aumentou em 70 o número de comissionados. O governador Mauro Mendes (DEM) ,numa escala ainda maior, também contrata mais do que demite.

Assim a contabilidade não bate e resulta no desequilíbrio fiscal.

A Câmara tem um custo elevado para o contribuinte cuiabano, que na verdade é quem banca seus gastos abusivos. Para se entender melhor o que se passa na esfera financeira do Legislativo de Cuiabá, acompanhe a demonstração de sua receita e o que esse montante representa no espaço de tempo ao qual se destina.

Em 2019 a Câmara recebe duodécimo de R$ 57 milhões.

Mensalmente serão R$ 4.750.000 (de janeiro a dezembro, faça chuva ou faça sol).

Diariamente, R$ 158.333 (incluindo domingos, sábados, feriados, pontos facultativos e recessos)

Por hora, R$ 6.597,22 (incluindo as noites e madrugadas de todos os dias). 

Por minuto, R$ 109,95 (independentemente de Piracema, horário de verão, calor e frio).

Detalhe: a Câmara tem 25 vereadores, não executa obras nem desenvolve programa social. Sua atribuição: fiscalizar os atos do prefeitos e criar legislação municipal.

Eduardo Gomes – blogdoeduardogomes com foto blogdoeduardogomes em arquivo de 2018

 

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