Acorizal é a típica cidade pequena do interior, onde todos se conhecem, os apelidos prevalecem sobre os nomes e violência é coisa que sua gente vê apenas no noticiário da televisão.
Distante 65 quilômetros de Cuiabá – da qual foi distrito – por rodovia pavimentada, Acorizal tem 5.424 habitantes incluindo os moradores da zona rural e das vilas dispersas no cerrado. A cidade é encravada à margem esquerda do rio Cuiabá, num ponto onde suas águas são limpas porque ainda não receberam o esgoto sem tratamento da área metropolitana da Capital situada a jusante.
A cidade de Acorizal é uma das comunidades mais antigas de Mato Grosso e se chamava Brotas. O município, no entanto, tem apenas 65 anos. Em 2007, na área central da cidade o governo estadual instalou um monumento para celebrar o centenário da criação da Comissão Rondon, que ali construiu uma estação telegráfica da linha que ligava Cuiabá a Santo Antônio do Rio Madeira (agora Porto Velho, capital de Rondônia). Essa Comissão foi comandada pelo maior vulto da história mato-grossense, o marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.
A vida em Acorizal não tem pressa. A calmaria já foi maior, quando a cidade não tinha acesso pavimentado e a travessia do rio Cuiabá era feita por balsa. Essa situação mudou parcialmente há 11 anos, quando o governo estadual construiu a ponte e criou um corredor turístico pavimentado ligando Cuiabá a Jangada e a Rosário Oeste, que de quebra ainda reduz a distância entre Cuiabá e os municípios do Nortão e do Chapadão dos Parecis.
Entre a população de Acorizal prevalecem as crianças, a terceira idade e as mulheres jovens. Boa parte dos rapazes deixa o lugar em busca de emprego ou de ensino em Cuiabá. Lá se diz, que a maioria dos que partem volta tão logo se aposenta.
Boa dica é visitar Acorizal no período noturno, para ver a restauração do centro da cidade, com as fachadas das casas iluminadas para realçar as cores das paredes e dos janelões e portas de madeira.
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