Bancada federal é (quase) Clube do Bolinha

Eduardo Gomes

@andradeeduardogomes

 

Com Amália Barros (PL) Mato Grosso elegeu seis deputadas federais em sete legislaturas desde 1978, quando houve o desmembramento das bancadas em razão da criação de Mato Grosso do Sul. No período o eleitorado mato-grossense elegeu titulares para 56 cadeiras e somente 10 foram ocupadas por seis mulheres.

Teté Bezerra e Celcita Pinheiro exerceram três mandatos cada; e Thelma de Oliveira e Rosa Neide, um. Coronel Fernanda e Amália Barros foram eleitas em 2022 pelo PL; Amália morreu em consequência da retirada de um nódulo benigno no pâncreas.

Teté é mulher de Carlos Bezerra, que comanda o MDB e exerceu vários mandatos; Celcita é viúva de Jonas Pinheiro, que foi deputado federal e senador, e foi eleita pelo grupo de seu marido; Thelma é viúva de Dante de Oliveira e chegou ao cargo imediatamente após a morte de Dante, que seria candidato a deputado federal.

Rosa Neide (PT) foi secretária de Educação no governo de Silval Barbosa (então PMDB) e não pertence a clã político. A Coronel Fernanda e Amália Barros foram eleitas por seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

SENADO – Mato Grosso elegeu duas senadoras no período. Serys Slhessarenko, em 2002, e Selma Rosane de Arruda, em 2018; Selma foi cassada pelo STF por compra de votos e abuso de poder econômico.

A suplente de senadora Margareth Buzetti (PSD) está em plenário em razão da licença do titular Carlos Fávaro (PSD), que foi nomeado ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A suplente de deputada federal Gisela Simona (União) substitui o titular Fábio Garcia, que chefia a Casa Civil do Governo de Mato Grosso.