Nesta quarta-feira (4), Valdemar Costa Neto, cacique nacional do PL, gravou vídeo assegurando apoio para o senador Wellington Fagundes disputar o governo, e para o deputado federal José Medeiros (PL), concorrer ao Senado. Valdemar e Wellington são amigos de longa data.
O apoio a Wellington e Medeiros é manifestado por Valdemar quando os sites anunciam que Jair Bolsonaro teria orientado os liberais a votarem no vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao governo, e em Mauro Mendes (União) e Medeiros para o Senado.
Nenhuma orientação de Bolsonaro foi manifestada sobre as eleições em Mato Grosso, e em Cuiabá o presidente regional do PL, Ananias Filho, revela que a decisão sobre os nomes será de Bolsonaro.
O apoio de Valdemar a Wellington é natural. Os dois foram colegas de bancada na Câmara e correligionários, de 1991 a 2013. Valdemar cumpria o sexto mandato de deputado quando foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação no escândalo do Mensalão. Sua pena foi de 7 anos e 10 meses, em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Ainda em 2013, antes de iniciar o cumprimento da pena, Valdemar renunciou ao cargo. Em 10 de novembro de 2014, o ministro do STF, Luís Roberto Barroso lhe concedeu o direito à prisão domiciliar.
Muito ligado ao PT, Valdemar recebeu indulto da então presidente Dilma Rousseff, no Natal de 2015. O indulto contemplou outros condenados e dentre eles o mato-grossense ex-deputado federal Pedro Henry.
Pivetta e Mauro Mendes não se manifestaram sobre o apoio de Valdemar a Wellington. O bolsonarismo mato-grossense também permanece calado sobre o caso.
Foto: Reprodução de uma foto postada no site www.folhamax.com.br