Conquistas recentes podem ser evidenciadas, por exemplo, no Vietnã, um memorando assinado tem objetivo de incentivar maior cooperação entre os dois países nas áreas relacionadas à agricultura.
Assim, melhorar e facilitar a cooperação técnica entre cientistas e instituições de pesquisa e desenvolvimento agrícola, uma das atividades previstas no acordo, compreendendo intercâmbio de delegações de especialistas, cientistas e estagiários.
De acordo com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento estão previstos também a troca de sementes e raças animais, de informações técnicas e documentos, além de organização conjunta de seminários técnicos, workshops, conferências, exposições setoriais, formulação e implementação de projetos de pesquisa.
O Vietnã tem cem milhões de habitantes e território equivalente a 30% do Mato Grosso.
Outro exemplo de sucesso no setor celebrado recentemente é o acordo Mercosul – Sacu (União Aduaneira formada pela África do Sul, Namíbia, Botsuana, Lesoto e Suazilândia) que assegura preferências tarifárias a mercadorias brasileiras. Os principais produtos agrícolas exportados pelo Brasil para a região são: soja, milho, sorgo, arroz, carnes de aves, fumo não faturado, açúcar, entre outros.
Já a Índia comprará do Brasil bois para reprodução e ovos sem patógenos específicos. O gado zebu é originário do país, mas o melhoramento genético realizado no rebanho brasileiro tornou-o atraente a criadores indianos.
Maior produtora de leite do mundo, a Índia está investindo na melhoria genética de seu rebanho. Desde 2016, o Brasil exporta sêmen bovino para produtores indianos e, recentemente, autorizou a importação de embriões bovinos “in vivo” (gerados no ventre da mãe).
Os dados atuais que foram noticiados pelo Ministério mostram o potencial brasileiro em plena ascensão. Força do agro com efetiva participação dos produtores rurais, empresários do campo que merecem o reconhecimento nacional.
Vale lembrar que antes da seleção colocar as chuteiras na Rússia, o agro brasileiro já estava presente com o açúcar, o café e as carnes de frango, suína e bovina.
Pérsio Oliveira Landim, advogado, especialista em Direito Agrário e em Gestão do Agronegócio, presidente da Subseção da OAB – Diamantino