A parlamentar oposicionista e segunda vice-presidente do Senado Jeanine Áñez declarou-se presidente da Bolívia nesta terça-feira (12).
Ela também afirmou que o país terá novas eleições após a formação de uma nova comissão eleitoral.
“De acordo com o texto e o significado da Constituição, como presidente do Senado, assumo imediatamente a Presidência do Estado prevista na ordem constitucional e comprometo-me a tomar todas as medidas necessárias para pacificar o país”, afirmou Áñez.
A Bolívia enfrenta instabilidade após as Forças Armadas pedirem a renúncia do presidente Evo Morales. O capítulo anterior da crise envolve acusações de fraude na eleição que escolheu Morales para mais um mandato presidencial.
Apesar da renúncia de Morales, que chegou nesta terça-feira ao México, seu partido, o Movimento para o Socialismo (MAS), ainda controla a maioria do Congresso e do Senado.
Além de Morales, o vice-presidente e os presidentes da Câmara e do Senado, e o primeiro vice-presidente do Senado, também entregaram seus cargos.
Além disso, os políticos do MAS não estão participando das sessões legislativas e elas estão sem quórum. Ainda assim, Áñez declarou-se presidente.
ELA – Áñez tem 52 anos, é advogado e nasceu na cidade de Trinidad, capital do departamento do Beni. Foi eleita senadora em 2010, pelo partido Plano Progresso Bolívia – Convergência Nacional (PPB-CN). Atualmente, ela integra a aliança opositora Unidad Demócrata.
A movimentação comercial bilateral Brasíl-Bolívia é insignificante. Com Mato Grosso o país andino faz o chamado mercado forminguinha, mas fornece o gás natural para a usina Mário Covas em Cuiabá. Cáceres, a principal cidade mato-grossense na fronteira, tem forte ligação com bolivianos. Parte da população carcerária feminina cacerense é formada por bolivianas que são utilizadas enquanto mulas pelo narcotráfico. Bolivianos são atendidos pela Saúde Pública em Cáceres.
Redação blogdoeduardogomes com Sputnik Brasil
FOTO: El Deber