Venezuela ameaça e o comandante do Exército Brasileiro inspeciona tropas montanhistas

Eduardo Gomes

@andradeeduardogomes

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Surge um cenário preocupante na América do Sul com as bravatas militares de Maduro na Venezuela e o Brasil toma as medidas preventivas necessárias

 

A inspeção feita pelo comandante brasileiro

O comandante do Exército Brasileiro, o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva inspecionou o  4º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado de Santos Dumont (MG) e 11º Batalhão de Infantaria de Montanha (11º BI Mth) e São João del Rey (a distância entre as duas cidades é de 105 km). O comandante Militar do Leste, general Kleber Nunes de Vasconcellos, acompanhou Tomás Paiva. Tomara que seja uma presença rotineira e protocolar. Porém, a data da presença do comandante, 22 de janeiro, coincidia com o segundo fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil, neste mês de janeiro. Há uma indisfarçada tensão entre os dois países, sobretudo na área do município de Pacaraima (RR), que é a principal porta de entrada de venezuelanos no território brasileiro fugindo do regime de Nicolás Maduro.

Maduro marcou presença

Maduro fechou a fronteira para realizar o exercício militar chamado de Escudo Bolivariano e o inspecionou vestindo uniforme do Exército da Venezuela, ao invés de seus trajes tradicionais. A movimentação da tropa do outro lado da fronteira colheu o Brasil de supresa, pois Caracas não cumpriu o protocoloco internacional de antecipadamente comunicar sua realização. No primeiro momento a resposta brasileira foi o reforço do efetivo e do aparato bélico na região.

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Tomás Paiva acompanha demonstração de sua tropa

O general Tomás Paiva foi testar o grau de adestramento e a capacidade operacional da tropa especializada em operações em montantes. O comandante  também participou de um aprestamento militar, que é um conjunto de ações que prepara uma força ou parte dela para ser usada a qualquer momento.

CENÁRIO – A Venezuela tem duas áreas elevadas: a região andina e na tríplice fronteira com Brasil e Guiana, onde se localiza o monte Roraima com 2.810 metros de altura, na serra Pacaraima, que é alvo estratégico em caso de conflito na região. Os militares inspecionados seriam indispensáveis caso aconteça o pior dos cenários.

Pode parecer delírio jornalístico, mas não se deve descartar algum tipo de destempero de Maduro contra o Brasil em Roraima, para abrir caminho à conquista da região petrolífera de Essequibo pelas forças bolivarianas. Estrategicamente o ditador venezuelano entrando em guerra com o Brasil afasta a possibilidade de intervenção direta dos americanos em socorro ao pequeno país na mira de Caracas. Assim, seria um conflito regional com dois atores principais e coadjuvantes de ambos os lados – há mágoa boliviana contra o Brasil.

Os hermanos venezuelanos em armas

A fronteira entre os dois países  nos estados de Roraima e Amazonas é de 2.199 km com 90 km em solo firme. Aliada da Venezuela, a Bolívia tem uma fronteira de 3.423 km com o Brasil, nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre; a extensão com Mato Grosso, nos municípios de Poconé, Cáceres, Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima Trindade e Comodoro é de 983 km com 730 km por marcos e o restante por água.

Tomara que a paz continue para sempre, mas tanto a Rússia quanto a China e os Estados Unidos ganhariam com uma guerra na América do Sul. Caso o conflito ocorra, a 13ª Brigada de Infantaria Motorizada de Cuiabá, a Brigada Barão de Melgaço, será uma das primeiras na linha de frente, por sua localização em relação a Roraima, e também a Bolívia, caso a mesma fique ao lado de Maduro.

 

Fotos:

1 e 3 – Reprodução Redes Sociais

2 e 4 – gazetadopovo.com.br