Comparativo esclarecedor
Jayme Campos x Waldir Caldas
2018 – Jayme Campos (DEM) candidato ao Senado apresentou patrimônio de R$ 35.284.447. Ao Tribunal Regional Eleitoral declarou gasto oficial de R$ 2.187.864,30. À frente de uma gigantesca estrutura de campanha, em aviões modernos visitou todos os municípios, sempre cercado por um aparato de assessores de fazer inveja a muito sultanato. Jayme Campos recebeu 490.699 votos e se elegeu senador em segundo lugar entre as duas vagas em disputa. A chapa de Jayme Campos se completou com o primeiro suplente e então deputado federal Fábio Garcia (DEM), e com a segunda suplente Cândida Farias (MDB), pecuarista, viúva do governador Wilmar Peres de Farias e mãe do prefeito reeleito de Barra do Garças, Beto Farias (MDB).
Antes desse pleito Jayme Campos foi prefeito de Várzea Grande em três mandatos, governador e senador. Sua mulher, Lucimar Campos (DEM) é prefeita daquele município. Fábio Garcia é neto do ex-governador Garcia Neto.
Na propaganda no rádio e TV Jayme Campos e Carlos Fávaro (PSD), tiveram 2 minutos e 12 segundo – ambos candidatos ao Senado pela coligação que defendeu Mauro Mendes (DEM) ao governo.
A coligação de Jayme Campos elegeu deputados federais incluindo o ex-governador Carlos Bezerra (MDB) e estaduais, dentre os quais o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM).
Waldir Caldas (Novo) disputou o Senado em 2018. Seu patrimônio declarado foi de R$ 300 mil. Seu gasto oficial de campanha: R$ 28.673,28. Sem aceitar recursos do Fundo Eleitoral e sem estrutura para percorrer a quase continentalidade mato-grossense, Waldir Caldas foi a poucos municípios.
Os suplentes de Waldir Caldas, Givanildo Gomes e Nicácio Lemes Júnior, ambos do Novo, são figuras praticamente desconhecidas pelo eleitorado.
Waldir Caldas teve apenas 7 segundos – tempo curtíssimo suficiente apenas para algo semelhante ao famoso bordão: Meu nome é Enéas…
Nas urnas Waldir Caldas recebeu 71.494 votos ou 14,6% da votação de Jayme Campos.
Waldir Caldas disputou o Senado sem que seu partido tivesse candidato ao governo e a Assembleia; o Novo lançou apenas 13 candidaturas à Câmara dos Deputados.
O modelo eleitoral é injusto, desequilibrado pelo poderio econômico. Se considerada a estrutura de Jayme Campos e Waldir Caldas, o desempenho do segundo foi bem melhor.
UM NOME AO SENADO – Waldir Caldas
Não é utopia, nem aventura. Trata-se de um projeto político abraçado por um homem que até 2018 não havia militado no campo partidário e que jamais disputara eleição. Waldir Caldas Rodrigues, 65 anos, um dos mais renomados advogados criminalistas de Mato Grosso é pré-candidato ao Senado na eleição suplementar em abril, defendendo proposta de mudança – com os pés no chão, sabedor que a disputa não será fácil, mas que também não será impossível.
Waldir Caldas não é utópico nem aventureiro e apresenta a razão para colocar seu nome ao Senado. Professor da Universidade de Cuiabá (Unic) por 10 anos, recentemente foi desafiado por um ex-aluno, que lhe disse, “mestre, parece-me que o povo sofre de maldição quando o assunto é político. Os quadros não se renovam e as pessoas que poderiam muda-lo vivem numa redoma, de costa para a realidade. Quando terei a oportunidade de ver seu nome numa cédula eleitoral?”. O desafio, feito numa sexta-feira, o fez refletir. Na segunda-feira seguinte, seu primeiro compromisso foi ler os estatutos dos partidos políticos. Nessa leitura encontrou o NOVO. No passo seguinte conversou com os representantes partidários em Mato Grosso. Quando menos esperava era pré-candidato. Isso em 2018.
A candidatura em 2018 foi uma resposta ao aluno cujo nome é preservado. Mas, para chegar a ela foi sabatinado pelo NOVO em quatro quesitos: alinhamento ideológico, preparação do candidato para ser apresentado ao público, direito administrativo e direito legislativo e capacidade de arregimentação (esse mesmo mecanismo interno será novamente aplicado pelo partido). Naquele ano, superada essa etapa saiu sacramentado para a disputa.
Oficializado candidato ao Senado na eleição extemporânea em abril, Waldir Caldas não escolherá seus companheiros de chapa. A definição dos nomes é de responsabilidade do diretório do NOVO, sem sua participação.
A vida como ela é
Além do bacharelado em Direito que conseguiu aos 40 anos, da longa militância forense, de sua atuação na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) presidindo a Comissão de Direito Penal em Processo Penal e a Comissão de Direitos Carcerários, o currículo de Waldir Caldas é recheado por uma história de luta e um diploma de Matemático.
De origem humilde, Waldir Caldas é o mais velho entre os seis filhos de uma escadinha de irmãos numa família pobre, sustentada pelo pai, que ganhava o pão de cada dia trabalhando de pedreiro na periferia “periferia da periferia” – como diz, de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, na fronteira com a Bolívia.
Aprovado num concurso para Inspetor de Folha de Pagamento na Secretaria de Estado de Administração de Mato Grosso exerceu o cargo por pouco tempo optando pelo magistério.
Enquanto professor de Matemática iniciou sua carreira em Cuiabá. Lecionou nas escolas estaduais José Magno e Ana Maria do Couto. Salário de professor exige milagre mensal para cobrir a despesa de quem o recebe. Mais difícil ainda é sobreviver quando o governo não paga a folha em dia, como aconteceu no governo de Júlio Campos (1983/86), quando o salário chegou a ‘sumir’ por quatro meses. Diante daquela situação, por força da necessidade, Waldir Caldas se transformou em vendedor de móveis para escritórios e outros itens, e nessa atividade continuou até receber o diploma de advogado e passar no Exame de Ordem.
O diploma de advogado cruzou seu caminho. Em 1994, incentivado pela irmã Lilian Caldas, cravou sua inscrição ao vestibular de direito no último dia para tanto. Discreto, desconversa sobre o exercício da profissão, mas seu nome é referência na advocacia criminal – nos meios forenses é considerado fera nas sessões do tribunal do júri.
Partido político, não, mas Waldir Caldas sempre esteve presente em movimentos sociais e presidiu a Associação de Moradores do Bairro Santa Amália, em Cuiabá.
No palanque
Humilde, espera a homologação de seu nome para entrar em cena e fazer uma campanha ética, sem baixar o nível e defendendo com ardor suas convicções. Não teme enfrentamento. Se sente “abençoado”, porque na infância enfrentou muitas dificuldades e sua vida tinha tudo “para dar errado e deu certo; só posso agradecer a Deus por isso, pelos meus sete filhos, por minha família, por minha realização profissional, pelos amigos e pela forma como vejo o mundo”, resume
Senador Waldir Caldas
Waldir Caldas fala sobre aquilo que seria sua linha de atuação parlamentar. Defende as reformas política e tributária; não faz objeção ao agronegócio, mas o quer regulamentado, para que não se transforme em oligopólio com a ausência do Estado na economia.
Mesmo antevendo que novamente travará uma luta desigual sob muitos aspectos com nomes tradicionais da política regional Waldir Caldas não teme. Tem – acredita – ao seu lado os princípios partidários do NOVO, além de seu histórico. E se na disputa a balança pesar contra ele, basta que lhe entreguem um microfone para o debate, porque a oratória é seu forte, como demonstra seu histórico de campeão nos júris.
PS – Segundo capitulo da série UM NOME AO SENADO.
O primeiro capítulo focalizou Sirlei Theis (PV). Seu conteúdo pode ser acessado neste site, no link PESQUISA digitando um nome ao senado
Eduardo Gomes de Andrade – Editora de blogdoeduardogomes
FOTOS:
1 – ofactual.com.br
2 – Vanessa Moreno
Meu voto é dele! Waldir Caldas 300, o meu senador! 🧡 o Novo sim me representa.
Waldir Caldas é um excelente nome. Sem dúvida o mais preparado e de melhores princípios entre os pré-candidatos.
Quem quer mudança, está cansado dos profissionais da política, Drº Waldir é um excelente candidato, além do mais pertence ao Partido NOVO que tem demonstrado, através dos seus representantes, tudo aquilo que prega. Eis aqui uma oportunidade que os eleitores de MT não podem deixar passar.
Meu VOTO É WALDIR CALDAS NOVO 30 PARA O SENADO
O Novo e o único partido politico com diferenciais ideologicos…não utiliza dinheiro público para campanha eleitoral…os candidatos devem ser aprovados mediante processo seletivo etc…..tem provado por seus eleitos ser a melhor opção para um povo esgotado pela política….Dr. Waldir grande nome!