Senadora Selma e suplentes são cassados

 

A sessão que cassou Selma

Por 6 a 1 o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou a chapa encabeçada pela senadora Selma Arruda (Podemos) na noite da terça-feira, 10. Brasília confirmou a decisão unânime do Tribunal Regionall Eleitoral, (TRE) que cassou Selma e seus suplentes Beto Possamai e Clerie Fabiana (ambos PSL), por abuso de poder econômico e caixa 2. Ainda no julgamento o TSE decretou a inelegibilidade de Selma e Possamai, por oito anos.

No mesmo julgamento o TSE dete rmina o afastamento dos três componentes da chapa após a publicação do acórdão e a consequente notificação ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e ainda determina ao TRE que defina data para realização de eleição suplementar, que para o cargo será inédita em Mato Grosso.

O custo da eleição suplementar deverá ser cobrado aos integrantes da chapa cassada.

Ainda há um considerável tempo pra que os advogados de Selma e seus suplentes continuem exercendo a chamada ampla defesa buscando alternativas na tentativa de reversão da decisão do TSE.

PLACAR  – Somente o ministro Edson Fachin foi contrário ao relator Og Fernandes, que defendeu a cassação, por entender que não havia prova robusta para tanto.

Voto vencido, o ministro Tarcisio Vieira de Cavalho Neto defendeu a nomeação do terceiro colocado na disputa eleitoral, Carlos Fávaro (PSD). Fávaro, juntamente e o  ex-candidato ao Senado, Sebastião Carlos (REDE) pediram a cabeça de Selma.

A DEGOLA – Selma  foi degolada por tropeços na sua forma de prestar contas de gastos de campanha e pela movimentação financeira ao longo da chamada pré-campanha. Pela frieza da lei a decisão contra ela é justa, mas se o mesmo rigor fosse adotado contra outros candidatos em Mato Grosso, e sobre eles pesasse as denúncias que atingiram a senadora, a composição do poder certamente mudaria.

Para alguns analistas a degola de Selma foi uma reação da classe política, que a viu como intrusa e uma ameaça aos interesses dos que brigam pelo poder.

A cassação também demonstra a lentidão da cara Justiça Eleitoral. Os crimes atribuídos a ela teriam sido cometidos antes das eleições em outubro de 2018, e até mesmo antes do começo da campanha eleitoral. Portanto, houve tempo suficiente para sua apuração e julgamento antes da votação, o que evitaria a realização de uma eleição suplementar.

O eleitor, em boa parte desencantado com a classe política, não se sentirá confortável tendo que votar em duas eleições neste ano de 2020; em outubro serão eleitos os prefeitos e vereadores nos 141 municípios mato-grossenses.

Rei morto…

Antes mesmo que o recurso de Selma chegasse ao TSE, políticos já se mobilizavam em busca de sua vaga. Dentre os nomes citados enquanto prováveis candidato ao Senado estão:

Carlos Fávaro e Neurilan Fraga (ambos do PSD).

Blairo Maggi (PP)

Adilton Sachetti (PRB)

Deputado federal José Medeiros (Podemos)

Nilson Leitão (PSDB)

Deputado estadual Carlos Fávero (PSL)

Presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (DEM)

Deputado federal Carlos Bezerra (MDB)

TOGA – Em Mato Grosso após sua divisão territorial em 1977 para a criação de Mato Grosso do Sul, somente dois magistrados venceram eleições para cargos eletivos. O desembargador Oscar Travassos e a juíza Selma Rosane Arruda.

Oscar  César Ribeiro Travassos (PL) em 1990 conquistou mandato de deputado federa com 13.485 votosl, mas permaneceu fora do plenário na maior parte de sua legislatura, para exercer o cargo de secretário de Justiça e Segurança Pública no governo de Jayme Campos. No período sua cadeira foi ocupada pelo suplente Joaquim Sucena.

Selma Arruda, estreante em política, recebeu a maior votação ao Senado na eleição de 2018 em Mato Grosso cravando 678.542 votos (24,65%). O segundo colocado e também eleito, Jayme Campos (DEM) recebeu 490.699 votos (17,82%).

A chapa de Jayme Campos se completou com o primeiro suplente Fábio Garcia (DEM) e a segunda suplente Cândida Faras (MDB).

 

Redação blogdoeduardogomes

FOTO: Assessoria do TSE

ARTE:  Marco Antônio Raimundo – Marcão

 

 

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