Presidente do Chile por duas vezes, de 2006 a 2010 e de 2014 a 2018, Bachelet emitiu comunicado em que classificou de “extremamente perigoso” o uso excessivo da força contra os apoiadores do ex-presidente Evo Morales, que renunciou no último domingo (10) em meio ao clima de instabilidade no país.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou um representante à Bolívia para apoiar os esforços de negociação para uma solução pacífica para a crise social e política no país. Refugiado no México, Morales defendeu, em recente entrevista, que tanto a ONU como a Igreja Católica, se necessário o Papa Francisco, entrem nas conversas.
Morales diz ter sido deposto do cargo por um golpe de Estado que o forçou a exilar-se no México. Reconhecida por alguns países, a presidente interina da Bolívia, a senadora Jeanine Áñez, tenta organizar novas eleições.
O Tribunal Superior Eleitoral boliviano tinha confirmado a vitória de Morales em primeiro turno, que daria o quarto mandato seguido ao governante. Uma auditoria da Organização dos Estados Americanos, no entanto, constatou irregularidades generalizadas na votação e na apuração.
Em 2016, Morales rejeitou o resultado de um referendo que o proibiria de concorrer a um novo mandato.
Agência Brasil* Brasília – Com informações da RTP, televisão pública de Portugal
FOTO: Mark Garten – Agência ONU em arquivo