Quem tem padrinho não morre pagão – diz a sabedoria popular. Mauro Carvalho, chefe da Casa Civil do Governo de Mato Grosso, é bem apadrinhado. Isso foi o que deixou claro, nesta quarta-feira, 30, o governador democrata Mauro Mendes, numa conversa com jornalistas.
Delatado pelo ex-gerente regional do BIC Banco em Cuiabá, Luiz Carlos Cuzziol, e denunciado criminalmente pela procuradora do Ministério Público Federal, Vanessa Cristhina Scarmagnani, por suposta lavagem de dinheiro no montante de R$ 1,5 milhão, apurada por investigação da Operação Ararath da Polícia Federal, Mauro Carvalho estaria em situação desconfortante se não fosse apadrinhado, mas é. “Acusação de Ministério Público não é decisão judicial”, disse em sua defesa o xará e governador.
Mauro, o governador, defende Mauro, o chefe da Casa Civil da delação e denúncia criminal de que teria participado de operações financeiras ilegais, em 2010, por meio de manobras que envolveriam a factoring Globo Fomento, os empresários Valdir Piran e Gércio Marcelino Mendonça Júnior – o Júnior Mendonça – e a empresa de geração de energia São Tadeu Energética – do próprio apadrinhado. Isso, como parte de suposto esquema no então governo de Silval Barbosa.
Os personagens citados na denuncia ganharam destaque no noticiário policial nos últimos anos. Cuzziol, Éder Moraes e Silval sofreram condenações em primeira instância. Júnior Mendonça é delator e colabora com a Justiça, mas teve que devolver dinheiro aos cofres públicos. À época dos fatos investigados e denunciados criminalmente, Éder Moraes era secretário de Estado e considerado homem forte do governo.
Mauro Carvalho, em nota, contesta brandamente a denúncia criminal contra ele. Seus advogados aguardam a notificação oficial para apresentarem defesa. Éder Moraes sempre nega todas as acusações. O padrinho Mauro Mendes, não: defende o afilhado.
Redação blogdoeduardogomes
FOTO: Tchélo Figueiredo – Governo de Mato Grosso em página aberta para divulgação
Protege não pra ver. Esse é o famoso rabo preso .