Boa Midia

A epidemia global dos fatores de risco cardiovasculares

Max Lima*

CUIABÁ

As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no mundo. Mas um estudo global publicado no Journal of the American College of Cardiology em 2025 trouxe um alerta ainda mais importante: os fatores de risco que podemos modificar como pressão alta, colesterol elevado, excesso de peso, glicose descontrolada e tabagismo estão crescendo em ritmo alarmante e, se nada for feito, terão impacto gigantesco até 2050 .

O que os dados mostram:

Os cientistas analisaram dados de mais de 200 países e projetaram o impacto desses fatores até 2050. O resultado é impressionante:

Pressão alta continuará sendo o maior vilão, responsável por mais de 16 milhões de mortes por ano.
O colesterol elevado e a obesidade seguem como grandes motores da epidemia, principalmente em adultos mais jovens.
A diabetes tipo 2 (aqui representada pela glicose elevada) deve quase duplicar sua prevalência, atingindo mais de 1 bilhão de pessoas.
Embora o tabagismo venha diminuindo em alguns países, ainda será responsável por 3,8 milhões de mortes anuaisem 2050 .

Esses números mostram que, mesmo com avanços médicos, o peso do estilo de vida ainda determinará grande parte da saúde futura das populações.

O que isso significa na prática
O estudo deixa claro: os fatores de risco se somam e potencializam seus efeitos. Ter pressão alta, colesterol elevado e obesidade ao mesmo tempo multiplica as chances de infarto e AVC de forma exponencial. Esse acúmulo precoce muitas vezes já na faixa dos 40 anos antecipa doenças que poderiam ser prevenidas.

Além disso, há desigualdade. Regiões de baixa e média renda, como partes da América Latina e da Ásia, terão o maior impacto. Mas mesmo países ricos não estão livres, principalmente pelo avanço da obesidade .

Rotina: o ponto de virada:

Se por um lado os números parecem assustadores, por outro eles trazem uma mensagem de esperança: é possível agir antes que a doença apareça.
E aqui entra a força de uma rotina estruturada. Não basta apenas “comer melhor” ou “fazer exercício de vez em quando”. O que realmente muda o jogo é:

Organização – planejar refeições, treinos e sono de forma previsível.
Constância – repetir escolhas saudáveis diariamente, até que se tornem automáticas.
Equilíbrio – entender que não se trata de restrição, mas de regularidade.
É isso que defendemos no Protocolo ROTINA: pequenas decisões consistentes, que somadas ao longo dos meses, reduzem drasticamente o risco de infarto, AVC, diabetes e outras doenças crônicas.

Conclusão
A ciência já mostrou que os próximos 25 anos trarão um cenário desafiador em relação às doenças cardiovasculares. Mas também deixou claro que temos nas mãos o poder de mudar esse destino.
Não é apenas sobre evitar remédios ou hospitais. É sobre viver mais e melhor. É sobre chegar aos 60, 70 ou 80 anos com energia, lucidez e vitalidade.

Sua rotina é o remédio mais poderoso que existe.
E a decisão de começar é sua.

*Max Wagner de Lima –  Cardiologista
fundador do Método ROTINA e cofundador da Clínica Luminae – Excelência em Saúde

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