Boa Midia

A verdade sobre a degola de Victório Galli

Galli caiu
Galli caiu

Oficialmente a pedido e após cumprir uma missão recebida do presidente Jair Bolsonaro. É assim que o ex-deputado federal Victório Galli (PSL) explica sua saída da função secundária que exercia na Secretaria Especial para a Câmara. Na verdade, Galli e os outros nomeados para aquele órgão foram demitidos pelo chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni – o ato saiu no Diário Oficial da União do dia 10 deste junho.

A demissão coletiva ditada por Lorenzoni azedou a relação ente o PSL e o DEM – o  Democratas é o partido do ministro e foi contemplado com os cargos vagos. Isso, porque Lorenzoni fez uma faxina partidária na Secretaria Especial para a Câmara: tirou os filiados do PSL e os substituiu por democratas.

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO) sequer aceita falar com Lorenzoni e jura pelo último pequi de Goiás que cobrará explicações do presidente Bolsonaro.

O titular dessa secretária era o ex-deputado federal e presidente regional do PSL no Espírito Santo,  Carlos Manato, que inclusive disputou o governo capixaba no ano passado, ficando em segundo lugar com 525.973 votos no pleito vencido por Renato Casagrande (PSB) – com 1.072.224 votos. Para o lugar de Manato, Lorenzoni nomeou seu compadre e ex-deputado federal paranaense Abelardo Lupion, que é um dos líderes do DEM em seu Estado.

Galli integrava uma das coordenações da Secretaria Especial para a Câmara, composta por ex-deputados, que recebem cargos a título de consolação. Galli é um exemplo disso: eleito deputado federal em 2014 ele não conseguiu a reeleição – cravou apenas 52.947 votos e amarga suplência.

O bilhete azul a Galli é fato consumado e irreversível. Lupion é a única questão em aberto com a canetada de Lorenzoni. O Delegado Waldir não engole a troca de seu correligionário pelo democrata. Bolsonaro deveria botar a barba de molho: Lupion foi delatado na Lava Jato pelo ex-diretor da Odebrecht, Valter Luis Arruda. O executivo delatou que Lupion teria recebido R$ 250 mil em caixa dois entre 2010 e 2012 e que seu codinome no âmbito do crime do colarinho branco era Lupa. A defesa de Lupion nega a  acusação.

 

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