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Esquema Sanguessuga faz Wellington réu em Cuiabá

O senador Wellington
 O senador Wellington

Wellington Fagundes (PR) sempre jurou inocência no caso da Máfia das Ambulâncias ou Sanguessugas, mas o certo é que a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, mandou pra primeira instância da Justiça Federal, em Cuiabá, a ação em que o senador reponde por seu suposto envolvimento no suposto esquema de superfaturamento de ambulâncias compradas com recursos de emendas parlamentares.

Sanguessuga ganhou o noticiário em 2006, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Sanguessuga, para desmantelar uma organização  criminosa que atuava a partir de Cuiabá, na venda de ambulâncias e unidades móveis de saúde para prefeituras de vários estados.

A empresa Planam, com sede na capital mato-grossense, encarroçava os veículos,  que eram vendidos para prefeituras numa triangulação com congressistas que para tanto liberavam recursos de emendas federais. A mutreta das ambulâncias tinha um código de silêncio ao estilo omertà. Nenhum município noticiava o recebimento da emenda parlamentar e a compra de ambulância. E olha que prefeito não perde uma oportunidade assim pra mostrar que trabalha pelo município. Nem mesmo a Planam, dos empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, era conhecida do grande público. Com a descoberta do escândalo a Planam e suas empresas satélite baixaram as portas.

Wellington sempre insistiu em sua inocência. O fato aconteceu entre 2001 e 2005, quando o senador era deputado federal.  O envio da ação para Cuiabá, na 7ª Vara da Justiça Federal em Cuiabá, tem a concordância da defesa do réu, por entender que o mesmo deixou de ser deputado federal em janeiro de 2015, quando assumiu o Senado.

A montadora das ambulâncias
A montadora das ambulâncias

Sanguessuga causou prejuízo milionário aos cofres públicos, mas o montante ainda não foi fechado, porque muitos dos envolvidos ainda não foram julgados. Wellington não é o único ex-deputado envolvido no esquema. Lino Rossi, Thelma de Oliveira, Celcita Pinheiro, Ricarte de Freitas, Wilson Santos e outros também foram relacionados nas investigações da Polícia Federal.  Serys Slhessarenko (PT) era senadora e o Senado a investigou juntamente com o senador Ney Suassuna (PMDB?PB) – ambos foram absolvidos.

A mutreta das ambulâncias tinha um código de silêncio ao estilo omertà. Nenhum município noticiava o recebimento da emenda parlamentar e a compra de ambulância E olha que prefeito não perde uma oportunidade assim pra mostrar que trabalha pelo município. O silêncio era regra para todos; De boca calada ficaram os prefeitos Cidinho dos Santos (Nova Marilândia e presidente da associação dos prefeitos/AMM), Celso Banazeski (Colíder), Israel Antunes (Denise), Marco Aurélio Fullin (Bom Jesus do Araguaia), Nilson Leitão (Sinop), Adriano Pivetta (Nova Mutum), Lutero Siqueira (Guarantã do Norte), Luiz Cândido de Oliveira (Terra Nova do Norte), Geovane Marchetto (Marcelândia), Olídio Bortolas(Santa Carmem), Antonio Debastiani (Feliz Natal), Ezequiel Fonseca (Reserva Cabaçal), Jesur Cassol (Campo Novo dos Parecis), José Miguel (Rio Branco), Roberto Barbosa (Gloria D’ Oeste),  Lourival Carrasco (Mirassol D’Oeste), Denir Perin (Querência), Valdizete Nogueira (Jaciara),  Marcelo Alonso (Nova Maringá), Israel dos Santos (Planalto da Serra), Nelson de Moraes (Pedra Preta), Francelino da Silva Filho (Guiratinga), Onéscimo Prati (Campo Verde), Antonio da Paixão (São José do Povo), Paulo Rogério Riva (Tabaporã),  Otaviano Pivetta (Lucas do Rio Verde), Hélio do Carmo (São José do Xingu), Romoaldo Júnior (Alta Floresta), Priminho Riva (Juara), Isolete Corrêa Rodrigues (Brasnorte), Airton Português (Araputanga), José Domingos Fraga (Sorriso) etc. Alguns foram indiciados – inclusive à revelia -, outros morreram e alguns foram beneficiados com a volatilização do fato. Uma coisa há em comum entre eles: todos juram inocência. Um fato curioso é que o então prefeito de São José do Povo, Antonino Cândido da Paixão é padre da igreja católica.

Redação blogdoeduardogomes

FOTOS:

1 Moreira Mariz – Agência Senado – Divulgação

2 – Geraldo Tavares

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