Deputado João de Matos pede que comarcas não sejam fechadas

Em meio a gastança na Assembleia com VI e outras vantagens, deputado quer que TJ não encolha nos municípios
Ridículo. O deputado estadual João de Matos (MDB) foi recebido na segunda-feira, 18, pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJ), desembargador Carlos Alberto da Rocha. Na pauta o chororô contra o possível fechamento de comarcas aos pés do Chapadão do Parecis, que é a base eleitoral daquele parlamentar. Na visita João de Matos estava acompanhados por prefeitos de comarcas que podem ser extintas e por assessor da Assembleia.
Recentemente o desembargador Carlos Alberto anunciou que o TJ faz um levantamento sobre o número de processos físicos e eletrônicos, e um levantamento do número de servidores nas comarcas de Nortelândia, Poxoréu, Dom Aquino, Arenápolis, Pedra Preta, Juscimeira e Itiquira, para saber sobre a viabilidade ou não da continuação de seu funcionamento. Os números dirão se haverá portas baixando e onde isso acontecerá.
Nortelândia e Arenápolis quase formam conurbação aos pés do Chapadão do Parecis. O deputado tem domicílio em Tangará da Serra, a principal cidade daquela região. Acompanhado por prefeitos das sedes da comarca e de municípios em sua circunscrição, João de Matos foi ao desembargador. A resposta do presidente do TJ foi objetiva. Em outras palavras disse que: o levantamento falará pelas decisões que serão tomadas.
Os prefeitos Joabe Almeida (Santo Afonso); Zema Fernandes (Nortelândia); e Juvenal Alexandre (Nova Marilândia); e o servidor público em Arenápolis, Emanuel Messias, acompanharam o deputado na visita.
CAOS – Mato Grosso atravessa um período conturbado. Primeiro o chefe da Polícia Civil, delegado Mário Demerval, disse que um grupo de estudo avalia a possibilidade de desativação (fechamento, em outras palavras) das delegacias nas pequenas cidades. Depois, Carlos Alberto fala em estudo que pode resultar no fechamento de sete das 79 comarcas.
A possibilidade de redução da presença do Estado acontece em meio a um custo elevadíssimo da máquina pública tanto pelo governo quanto pelos outros dois poderes cuja receita principal é o duodécimo. João de Matos não discute o enxugamento de servidores, não avalia propor redução de salário de deputado, nem extinção de verbas indenizatórias. Ao invés disso, vai ao TJ pedir pela continuidade das comarcas de sua área de atuação política. É o Brasil (no caso, Mato Grosso), que se perde no meio e não tem estrutura para atuar no fim.
Da Redação
FOTO: Assessoria da Assembleia Legislativa
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