Tapete vermelho e aplausos para Lula em Mato Grosso

Neste sábado (24), Mato Grosso deveria estender um tapete vermelho ao estilo da solenidade do Oscar, para receber o presidente Lula no projeto de Assentamento Santo Antônio da Fartura, município de Campo Verde.  Não apenas montar a passarela atapetada, mas, também, formar uma fila à direita e à esquerda para aplaudir o mandatário que faz da Educação um de seus principais elos com Mato Grosso.

Alguém pode perguntar: Lula vem a Mato Grosso para lançar o programa Solo Vivo, voltado à agricultura familiar e ao meio ambiente, e o autor deste texto fala sobre Educação? Pode, sim – respondo. Bom seria se todos os mato-grossenses tomassem conhecimento sobre minha abordagem.

Vamos lá.

Lula lança Solo Vivo, programa criado no âmbito do Ministério da Agricultura, mas de modo transversal nas esferas do governo, para promover conservação, recuperação e uso sustentável do solo, beneficiando a agricultura familiar com práticas que aumentem a produtividade sem agredir a natureza.

Execução de programa exige recursos financeiros e Lula anunciará o desembolso de 42,8 milhões para mutuários do Solo Vivo em Pontes e Lacerda, São José dos Quatro Marcos, Alto Araguaia, Poconé, Rosário Oeste, Barra do Bugres, São Félix do Araguaia, Matupá e Juína.

O programa será desenvolvido em parceria com o Instituto Federal de Educação (IFMT), a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do IFMT e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri).

A parceria com o IFMT na execução de Solo Vivo é mais uma janela para mostrar a atuação de Lula enquanto governante voltado à Educação em Mato Grosso.

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Vejamos:

Mato Grosso tem 20 IFMT e três estão a caminho em Água Boa, Canarana e Colniza.

Quem criou essas unidades: a antiga Escola Técnica Federal de Mato Grosso, em Cuiabá, agora IFMT com seu campus recebendo o nome de Coronel Octayde Jorge da Silva, data de 23 de setembro de 1009, por ato do presidente Nilo Peçanha; e a Escola Agrotécnica Federal de São Vicente (à margem da BR-364/163/070 nos municípios de Santo Antônio de Leverger e Campo Verde) virou IFMT – é uma das marcas administrativas de Getúlio Vargas para o povo mato-grossense, tendo sido oficializada em 14 de abril de 1943.

Os demais foram criados ou transformados de escolas técnicas em IFMT, como é o caso de Cáceres (Campus Professor Olegário Baldo), nos governos de Lula e também de Dilma Rousseff. Essas unidades estão instaladas em Cáceres, bairro Bela Vista (em Cuiabá), Pontes e Lacerda, Campo Novo do Parecis, Juína, Confresa, Rondonópolis, Guarantã do Norte, Várzea Grande, Barra do Garças, Primavera do Leste, Alta Floresta, Tangará da Serra, Diamantino, Lucas do Rio Verde, Sinop, Sorriso e Campo Verde.

A localização do IFMT nos municípios observa também a logística para reduzir a distância entre o aluno e a sala de aula. Com a construção das unidades em Água Boa e Canarana, no Vale do Araguaia, e de Colniza, na divisa com Rondônia e Amazonas, haverá sensível ganho logístico geográfico.

Interesse político e manifestação ideológica à parte, Mato Grosso tem que reverenciar Lula, mas sem traçar termos comparativos com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que virou as costas para a Educação em nossa terra; reverenciar somente pelo saldo prático de suas ações. Além dele, é importante enaltecer o ex-presidente Michel Temer, que desmembrou o campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Rondonópolis e o emancipou com a criação da Universidade Federal de Rondonópolis em 20 de março de 2018.

Ainda sobre ensino superior em Mato Grosso, a UFMT foi criada pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, em 10 de dezembro de 1970. E em 15 de dezembro de 1993, o governador em exercício, Osvaldo Sobrinho, sancionou um projeto de lei de autoria do deputado Jorge Yanai aprovado pela Assembleia Legislativa criando a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

A sanção da lei criando a Unemat, por Osvaldo Sobrinho, foi uma deferência e ao mesmo tempo reconhecimento pelo governador Jayme Campos, pela luta de Osvaldo Sobrinho por sua criação; Osvaldo Sobrinho era vice-governador e secretário estadual de Educação.

Portanto, viva a atuação de Lula pela Educação em Mato Grosso. Que ele sinta-se sob aplausos cruzando um tapete vermelho. É o mínimo que Mato Grosso deveria fazer por ele.