Aluguel de vans em Cuiabá ressuscita a Máfia das Ambulâncias
Eduardo Gomes
@andradeduardogomes

Cautela jornalística. Este o tom adotado pela mídia (com as exceções de praxe) ao noticiar a deflagração ontem (28) da Operação Miasma, da Polícia Federal, na Prefeitura de Cuiabá, e no Amazonas, Tocantins e Distrito Federal. Os policiais apuram supostos esquemas em aluguel de vans para a Saúde, e de um sistema de software para a mesma área pela administração do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Uma névoa na informação tenta quando nada desqualificar a razão para a operação, pois os aluguéis foram feitos pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, em 2023, no período em que a mesma estava sob intervenção estadual. O episódio cria uma espécie de analogia com a Operação Sanguessugas, que em 2006 desbaratou a Máfia das Ambulâncias, que comprava ambulâncias da Planam.
A Polícia Federal ainda não divulgou o balanço da operação. Mas vazou que o aluguel do software pela administração de Emanuel Pinheiro teria custado mais de 14 milhões aos contribuintes cuiabanos, sendo que o Ministério da Saúde o fornece gratuitamente aos municípios. Em nota, a prefeitura não citou o caso do software, mas apontou que o aluguel das vans foi feito pela interventoria estadual na Secretaria Municipal de Saúde. A Secretaria de Estado de Saúde não se manifestou.
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