Bolsonaro não encontra o caminho da Índia

A declaração foi feita em entrevista à TV Bandeirantes. O presidente alegou “pressões políticas” na Índia como motivo para o atraso.

“Foi tudo acertado para disponibilizar dois milhões de doses. […] Lá também tem as pressões políticas de um lado e de outro. Isso daí, no meu entender, daqui a dois ou três dias, no máximo, nosso avião vai partir e vai trazer esses dois milhões de vacinas para cá”, declarou Bolsonaro.

De acordo com o plano inicial, o avião da Azul que vai buscar as vacinas teria decolado rumo ao país asiático nesta quinta-feira (14). A aeronave chegou a realizar o primeiro voo, de Campinas para Recife, de onde partiria para Mumbai.

No mesmo dia, no entanto, o governo indiano afirmou que era ainda “muito cedo” para que a Índia se comprometesse em exportar doses da vacina de Oxford/AstraZeneca produzidas no país.

O novo plano, então, era o que avião partisse para Mumbai na noite desta sexta-feira (15), mas o voo foi cancelado mais uma vez.

O lote pedido pela Fiocruz foi negociado junto ao laboratório indiano Serum. O peso estimado da carga é de 15 toneladas. As doses seriam transportadas em contêineres para garantir o controle de temperatura do produto, conforme recomendações do fabricante.

Segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a vacinação no Brasil pode começar na próxima quarta-feira (20). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária recebeu pedido para uso emergencial tanto da vacina de Oxford como da CoronaVac. A decisão sobre a aprovação dos imunizantes deve sair neste domingo (17).