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RETROSPECTIVA 2020 – Cassado, mas nem tanto

Numa ação que se arrastou por dois anos, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o mandato do deputado estadual tucano Carlos Avalone por caixa 2 e abuso de poder econômico. A cassação, por unanimidade, não torna o parlamentar inelegível e não o afasta do plenário, pois cabe recurso da decisão tomada na quinta-feira, 10 de dezembro.

 

O fato e a ação. Em 3 de outubro de 2018, faltando três dias para as eleições gerais naquele mês, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu na BR-070 três ocupantes de um carro alugado pela campanha de Carlos Avallone, que concorria para deputado estadual, e apreende R$ 89,9 mil que seriam usados supostamente para compra de votos. O veículo tinha adesivos de Avalone.

A apreensão desembocou numa ação, que se arrastou por mais de dois anos e finalmente decidiu pela cassação do mandato de Avalone, que ainda não se manifestou, mas que deverá recorrer sem prejuízo do exercício do mandato e sem que o TRE o tornasse inelegível.

AVALONE – Primeiro suplente do PSDB, Avalone chegou à Assembleia com a renúncia do titular e seu correligionário Guilherme Maluf em 1º de março do ano passado. Maluf trocou o mandato por uma cadeira vitalícia de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), onde ocupou a vaga aberta com a aposentaria precoce do conselheiro Humberto Bosaipo.

Um dos principais herdeiros políticos de Dante de Oliveira, Avalone conquistou a suplência com 14.263 votos. Dirigente do PSDB em Cuiabá e ex-secretário de Estado em parte do governo do à época tucano Pedro Taques, o deputado cassado é um dos principais nomes de seu partido em Mato Grosso.

Caso o deputado ora cassado não consiga reverter a situação no Tribunal Superior Eleitoral ou até mesmo no Supremo Tribunal Federal, será substituído pelo suplente tucano Saturnino Masson.

Redação blogdoeduardogomes

FOTO: JL Siqueira – Site público da Assembleia Legislativa

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