Secretaria de Saúde desconhece nome de município com suspeita de coronavírus

Nada de medida preventiva eficaz. Nada de preparativo para eventual agravamento do coronavírus em Mato Grosso. Até mesmo o nome de um município com caso suspeito é desconhecido pela Secretaria de Estado de Saúde
O governador democrata Mauro Mendes e a Assembleia Legislativa batem cabeça sob textos amigos da Imprensa. Enquanto isso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) revela que sete exames testaram positivo para a doença e que há 269 suspeitas em 40 municípios, sendo que as autoridades sequer saibam o nome de uma das cidades, conforme divulgou na tarde desta teraça-feira, 24, o titular da SES, Gilberto Figueiredo.
Mato Grosso confirma sete casos da doença, sendo o último de uma mulher com 32 anos, de Nova Monte Verde, no Nortão. Cuiabá tem cinco e, Várzea Grande, um. Cuiabá com 42, Várzea Grande com 29, Rondonópolis com 27, Sinop com 22 e Tangará da Serra com 16 sãos os municípios com maior quantidade de casos sob investigação. Coincidentemente ou não, essas cidades, são em ordem decrescente, as maiores de Mato Grosso. Em 40 incluindo as cinco principais, há 269 casos. Um desses município sequer foi identicado pela SES, que o relaciona como sendo “município não identificado“.
A paciente que testou positivo em Nova Monte Verde exige um mapeamento sobre seus contatos nos últimos dias, pois sua cidade tem outro caso suspeito. Além disso, na vizinhança, Apiacás também tem um caso sendo investigado, e em Paranaíta, naquela região, existem duas suspeitas. Nova Monte Verde tem 9.178 habitantes e se situa no Nortão, distante 140 quilômetros de Alta Floresta.
Enquanto a população se fecha em quarentena, Mauro Mendes alerta com naturalidade que deverá ocorrer queda de 20% a 30% da arrecadação, o que, nas palavras dele, poderá provocar atraso no pagamento dos servidores públicos, que abocanham cerca de 59% das receitas correntes líquidas do governo.

O governador ainda não disparou, mas preventivamente aponta para a folha de pagamento dos servidores para arrancar da mesma os recursos que precisa para manter em dia os altos salários dos figurões do Palácio Paiaguás, as verbas indenizatórias e o dinheiro sagrado da Imprensa Amiga. Nenhuma autoridade do governo, a começar por Mauro Mendes, acenou com a possibilidade de abrir mão do salário para contribuir com o caixa para enfrentar o coronavírus.
Na Assembleia Legislativa, os 24 deputados fazem idêntido silêncio ao do Paiaguás. Valdir Barranco (PT) sugeriu a criação de bolsa para trabalhadores informais e a distribuição de cesta básica enquanto durar a pandemia; o petista também pede álcool gel para famílias em vulnerabilidade social, mas não se dispõe a contribuir com um centavo sequer dos R$ 94 mil que todos os meses fazem sua alegria e o motivam a continuar empunhando bandeiras de cunho social
Numa série sobre os impactos do coronavírus em Mato Grosso, blogdoeduardogomes sugere que políticos abram mão de seus salários para o enfrentamento da doença que assola o mundo. (NO LINK).
Eduardo Gomes – blogdoeduardogomes
FOTOS:
1 – blogdoeduardogomes em arquivo
2 – Fablício Rodrgues – Site público da Assembleia Legislativa ´Divulgação
CORONAVÍRUS III – Onde buscar recursos para enfrentamento da pandemia
Isso é o que chamo de jornalismo
Elizete Alencar