Boa Midia

Contrastes no saneamento urbano

Rondonópolis é exemplo em tratamento de esgoto; Cáceres é vergonhosa nessa área

 

Rondonópolis tem o melhor desempenho na área de saneamento em Mato Grosso. A água é universalizada. A coleta de esgoto alcança 95,95% e 92,28% são tratados.  O recolhimento de residuos sólidos é de 99,86% e sua destinação adequada, de 99,94%. Isso é o que revela o Ranking da Universalização do Saneamento 2019, divulgado na segunda-feira, 17 de junho deste 2019, pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes). No mesmo levantamento ,Várzea Grande, Sinop e Sorriso sequer reúnem condições para ranqueamento. Nacionalmente, o ranking avaliou 1.868 dos 5.570 municípios, dos quais, 19 em Mato Grosso, incluindo  grandes, médios e pequenos.

A população rondonopolitana é de 232.491 habitantes. O rio Vermelho, afluente do São Lourenço, da Bacia do Cuiabá, banha a cidade e recebe o esgoto tratado e o sem tratamento.

Na mesma área Cáceres é uma vergonha na área de esgoto.

Rondonópolis trata esgoto e preserva o rio Vermelho
Rondonópolis trata esgoto e preserva o rio Vermelho

Em Cáceres a água chega em 79,50% dos imóveis construídos, a coleta de esgoto é de 5,66% e seu tratamento não vai além de 9,48%. A cidade recolhe 87,07% dos resíduos sólidos e dá destinação correta a ele.

A população cacerense é de 94.376 habitantes. Ao lado da cidade o rio Paraguai recebe as águas do Sepotuba e do Cabaçal. Ou seja, de cada 10 litros de esgoto lançado ao rio, nove não têm nenhum tipo de tratamento no Paraguai, que é o principal formador do Pantanal.

Cuiabá é a 23ª das 27 capitais em saneamento. A água chega a 98,12% dos imóveis cuiabanos, 53,52% do esgoto são coletados e 37,09% são tratados. Quanto aos resíduos sólidos, 95,99% são recolhidos e somente 1,60% tem destinação correta. A prefeitura deu em concessão a água e o esgoto, mas a concessionária Águas de Cuiabá sequer conseguiu universalizar a distribuição da água.

Cuiabá tem 612.547 habitantes. O rio que lhe empresta o nome recebe o esgoto com e sem tratamento. A questão do saneamento torna-se ainda mais grave na região metropolitana da capital, por conta da precariedade do setor em Várzea Grande, cidade na outra margem do rio e com 282 mil habitantes.

O rio Cuiabá é afluente do Paraguai.

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