Senador Wellington, o Senhor Solidão

No cenário mato-grossense o senador Wellington Fagundes é cercado por políticos detentores de mandatos e filiados em todos os partidos, menos no dele, o PL. Até mesmo na chapa que encabeçou ao Senado em 2014 ele não tem correligionário. 

A solidão partidária de Wellington ganha evidência, nesta sexta-feira, 8, dia em que seu primeiro suplente, Jorge Yanai, troca o MDB pelo Podemos, sem nenhum aceno ao PL.

O partido de Wellington tem somente ele enquanto integrante da bancada federal – com oito deputados federais e os três senadores. Na Assembleia Legislativa o PL não ocupa nenhuma das 24 cadeiras. Seu segundo suplente, o professor Manoel Motta é militante histórico do PCdoB.

Em Rondonópolis, a cidade onde nasceu e reside, o senador liberal também é solitário partidário. O prefeito Zé Carlos do Pátio é do Solidariedade e chegou ao cargo ao vencer Percival Muniz (PPS) e Rogério Salles (PSDB), o que significa que independentemente do resultado Wellington não seria situação naquele município.

O vice-prefeito de Rondonópolis, Ubaldo Barros é filiado ao Cidadania.

A Câmara Municipal de Rondonópolis tem 21 vereadores e nenhum filiado ao PL.

A Câmara Municipal de Cuiabá tem 25 vereadores e nenhum filiado ao PL.

Sinop é o único município entre os maiores de Mato Grosso, que é administrado pelo PL. A prefeita é Rosana Martinelli.

VICE – Candidato ao governo em 2018, Wellington compôs sua chapa com a advogada e líder do movimento em defesa da mulher vítima da violência, Sirlei Teis (PV), que permanece naquele partido. Nessa eleição o senador foi o segundo colocado: bateu o então governador tucano Pedro Taques, mas perdeu em primeiro turno para o democrata Mauro Mendes.

WELLINGTON – O veterinário e empresário Wellington Antônio Fagundes se elegeu senador em 2018. Antes, cumpriu seis mandatos consecutivos de deputado federal, com a primeira eleição em 1990. Sua trajetória política é marcada por sua filiação ao PL (que se chamou PR), mas, por um curto período militou no PSDB e integrou o secretariado do então governador tucano Dante de Oliveira. Em duas eleições tentou, sem sucesso, ser prefeito de Rondonópolis.

No Senado Wellington lidera o Bloco Moderador composto pelo PL, DEM e PSC. Nesse bloco o senador Jayme Campos (DEM) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM:AP) são liderados por Wellington.

Redação blogdoeduardogomes

FOTO: Agência Senado em arquivo