Nome de cidade escolhido numa reunião em igreja da Padroeira do Brasil

Católicos reunidos para uma reza dominical, numa vila no Nortão, que sequer denominação oficial tinha, encontraram o nome para aquela localidade. Isso, numa Igreja de Nossa Senhora Aparecida, exatamente num dia 12 de outubro, dedicado a ela, que é Padroeira do Brasil.
O texto abaixo foi extraído de parte do capítulo dedicado ao município de União do Sul, no livro Nortão BR-163: 46 anos depois, publicado em Cuiabá, no mês de dezembro de 2016, pelo jornalista Eduardo Gomes de Andrade, sem apoio das leis de incentivos culturais.
Mais sobre União do Sul e a obra como um todo, acessem o livro, postado em page flip, no canto superior direito da capa deste site.

MÃOS DADAS – Entendimento zero. Uns defendiam Nova Concórdia em alusão à cidade de Concórdia (SC), de onde procediam. Outros apresentavam várias opções. A consensualidade parecia algo impossível na tarde do domingo 12 de agosto de 1984, quando um grupo de moradores se reuniu para escolher a denominação da vila, após rezar o terço na Igreja Nossa Senhora Aparecida. A discordância deu lugar ao consenso após o sitiante e dono de serraria Adelmo Ragnini, gaúcho de Cacique Doble, sugerir União do Sul.
A sugestão soou bem e caiu no agrado por simbolizar o estado de espírito dos pioneiros da vila União ou vila Paralelo 16, como era chamado o recém-fundado vilarejo, hoje cidade de União do Sul, na calha do rio Tartaruga.
Adelmo deve ser caso único de cidadão brasileiro residente numa cidade cujo nome foi por ele escolhido e diz que se sente feliz pela aceitação de sua sugestão. “Poucos homens escolheram o nome de sua cidade; eu sou um deles”, comenta com uma ponta de orgulho, que nem mesmo sua simplicidade e mãos calejadas no trabalho diário conseguem esconder.
FOTOS: Eduardo Gomes
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