VLT a solução (que não veio) do transporte de passageiros
Em meio ao movimento dos caminhoneiros que trava o Brasil há nove dias, Cuiabá e Várzea Grande enfrentam problema com desabastecimento de alguns produtos e, principalmente de gasolina, álcool e óleo diesel. Se o projeto do VLT tivesse saído do papel a situação seria minimizada, pois as duas cidades teriam um linha férrea com os comboios movidos a energia elétrica, o que desafogaria o trânsito permanentemente e reduziria a dependência do combustível para o transporte de passeiros. Melhor ainda: o usuário do sistema teria um meio de locomoção mais seguro, barato e eficiente.
VLT – Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é motivo de chacota em Mato Grosso. Em outubro de 2011 o então governador Silval Barbosa de braços dados com a Assembleia Legislativa optou pelo VLT em detrimento do BRT (sistema de ônibus rápido, na tradução livre do inglês). O projeto era construir 22,2 quilômetros de linhas em Várzea Grande e Cuiabá e 33 estações de embarque/desembarque. O custo da aventura: R$ 1,477 bilhão com financiamento já que Mato Grosso não tinha recursos para tanto.
No final de 2014, com mais de um bilhão de reais consumidos, havia seis quilômetros de trilhos construídos, duas estações de embarque parcialmente prontas em Várzea Grande e os vagões jogados num canto à espera da conclusão da obra.
Pedro Taques assumiu o governo em 1º de janeiro de 2015 e o VLT virou suco. Reuniões, debates, intervenções do Ministério Público Federal, queda de braço com o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande – que executava a obra – e o trem definitivamente não entrou dos trilhos definitivamente.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTO: Arquivo Secopa do Governo de Mato Grosso
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