Boa Midia

271 ANOS – Centenas de assassinatos anualmente e Mato Grosso perde guerra para o crime

Polícia Civil em ação contra o crime
Polícia Civil em ação contra o crime

Mesmo com profissionalismo e empenho a polícia perde a guerra que trava minuto a minuto com a criminalidade em Mato Grosso, que completa 271 anos

 

Dados parciais de 2018, até 16 de dezembro, revelam que 877 cidadãos foram assassinados e 46 vítimas de latrocínio. Não se trata de balanço sobre o ano, pois o governo não tem interesse em estatística oficial, preferindo divulgar números que ora confundem ora mascaram situações.

Também parcialmente sobre 2018, o balanço nas três maiores cidades não é animador. Em Cuiabá, foram assassinados 114; em Várzea Grande, 79; e em Rondonópolis, 41.

A maior parte da criminalidade está associada às drogas. Mato Grosso tem uma fronteira de 983 quilômetros com a Bolívia, que é polo mundial de produção da cocaina. O narcotráfico usa o território mato-grossense como rota e, em meio a essa movimentação criou ramificações para o tráfico doméstico ou formiguinha; além disso, em seu trajeto os barões da coca montaram uma rede de cobertura que inclui os chamados soldados do tráfico, advogados sempre pronto para botarem seus clientes nas ruas, e estariam controlando empresas de fachada para lavagem de dinheiro.

Os efetivos da Polícia Militar e da Polícia Civil são pequenos. Mato Grosso não tem  estrutura policial para enfrentar o tráfico de drogas.

Fora do combate policial o governo também não tem estrutura para oferecer tratamento médico e psicológico aos dependente químicos. Para complicar, sequer existe disponibilidade de vagas para a movimentação criminosa das drogas. Para cada vaga carcerária e penitenciária existente há dois presos, o que deixa a população carcerária mato-grossense na faixa que oscila entre 6.500 e 7 mil.

CDP de Aripuanã desativado pelo governo
CDP de Aripuanã desativado pelo governo

VERGONHA – Do lado de fora dos muros das prisões há 22 mil mandados de prisão em aberto.

São crimes de toda a espécie: falta de pagamento de pensão alimentícia, furto, roubo, latrocínio, homicídio, feminicídio, estupro, associação para o tráfico, tentativa de homicídio, assalto a banco etc. Como se isso não bastasse o governador democrata Mauro Mendes começou a executar sua política de fechamento dos Centros de Detenção Provisória (CDPs) nas pequenas e médias cidades. O primeiro município atingido é Aripuanã, que tem 22 mil habitantes e uma área maior que Israel.

Redação blogdoeduardogomes

FOTOS:

1 – Lenine Martins – Governo de Mato Grosso

2 – Divulgação: Sindspen (sindicato dos agentes penitenciários

Comentários estão fechados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está bem com isso, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia Mais

Política de privacidade e cookies