Num encontro dos preteridos senadores Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL), Jayme criticou seu correligionário e governador Mauro Mendes, pela instalação de uma roda-gigante no Parque Novo Mato Grosso. Jayme citou que a roda custou 50 milhões e alfinetou que a dinheirama poderia ter sido investida em políticas para a infância.
Todo cidadão tem direito de criticar um governante por gastos supérfluos ou considerados como tais. Porém, no caso da roda-gigante a fala de Jayme soa estranha, senão vejamos:
Desde o começo do governo de Mauro Mendes, em janeiro de 2019, Jayme o apoia e não mede elogios ao seu trabalho. O governante também é elogiado pelo deputado estadual e irmão de Jayme, Júlio Campos. Além disso, foi Jayme quem levou Mauro Mendes para o União Brasil, e é ele o padrinho político do secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
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Infelizmente, a ética nem sempre tem espaço em discurso político. Vivemos numa quadra em que políticos quebram o retrovisor para fugir do universo corrupto em que viviam no ontem, enquanto assumem bandeiras que rendem dividendos eleitorais.
Sobre a roda-gigante, quem primeiro a criticou foi o ex-governador Pedro Taques. Os demais políticos, incluindo os tradicionais críticos petistas, estiveram calados.
Jayme preterido no União Brasil, que abraça a pré-candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao governo, e Wellington, sonhando com sua candidatura ao Paiaguás, foi excluído do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, que bate palmas para Pivetta ao governo, e para José Medeiros (PL) e Mauro Mendes para o Senado.
Magoados, os dois senadores poderão adotar discurso ácido contra Mauro Mendes. Em tempos de redes sociais, ainda que a mídia amiga permaneça em silêncio, veremos a reação da população sobre o posicionamento de dois homens poderosos do grupo palaciano que resolveram criticar o mesmo governo que ajudaram a conduzir, como se não houvesse o ontem onde refestelaram e se lambuzaram no poder. Em suma, é uma ruptura ao apagar das luzes.
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