Boa Midia

Deputado exonera assessor que será julgado por homicídio

Eduardo Gomes
@andradeeduardogomes
eduardogomes.ega@gmail.com

 

Kleber Ferraz Albuês foi exonerado da assessoria do vice-presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Campos (União). no dia 2 deste mês de junho, portanto seis dias antes que alguns sites cuiabano noticiassem que o mesmo será julgado no próximo dia 27, pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver do músico Thiago Festa Figueiredo, no ano de 2011, em Cuiabá.

Antes do crime que lhe é atribuído, Kleber foi policial civil. Além dele, e pelo mesmo crime, o técnico em informática Hueder Marcos de Almeida também será julgado pela 1ª Vara Criminal de Cuiabá, segundo determinou a juíza Cristiane Trombini Puia Baggio, no dia 3 deste mês.

O ex-policial civil Kleber Ferraz Albuês, que irá a júri popular pelo sequestro, assassinato e ocultação do corpo do músico Thiago Festa Figueiredo, em Cuiabá, no ano de 2011, foi exonerado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) na segunda-feira (2), onde atuava como assessor do vice-presidente do Legislativo, Júlio Campos (UNIÃO). O parlamentar revelou que tomou conhecimento da ação no final de semana, por meio de assessores, e que na segunda-feira, o demitiu de imediato. “A demissão aconteceu um dia antes que a juíza de Direito Dra. Cristiane Trombini anunciasse no dia 3, a data do julgamento para o dia 27”, observa Júlio Campos.

Antes de comentar o episódio, Júlio Campos destacou que a família da vítima precisa de amparo, de solidariedade e de uma resposta da Justiça. “Peço a Deus que conforte os corações dos familiares e amigos do jovem Thiago Festa, que teve a vida ceifada como mais um capítulo da violência banalizada”, acrescentou.

Sobre a contratação de Kleber Ferraz, Júlio Campos fez duas abordagens. Primeiro disse que infelizmente o índice de crimes violentos é muito alto em Mato Grosso e no país inteiro. “Não me lembro se li à época sobre esse triste episódio, ocorrido há 14 anos”, observou. Segundo ele, mesmo quando alguém lê sobre um crime, com o passar do tempo a tendência é esquecer. “A volatilização é inevitável. Você se recorda um dia depois, até com riqueza de detalhes, mas uma semana, um mês, um ano, 10 anos depois, e lendo sobre outros crimes ao longo desse período, é impossível manter aquela informação na memória”, sintetizou. Depois argumentou que toda contratação pela Assembleia Legislativa requer a apresentação de documentos, que são analisados, aprovados ou recusados pelo Recurso Humano do Parlamento. “A pessoa tem que apresentar documentos pessoais, comprovante de domicílio, certificação de escolaridade, certidões do Cível e do Crime, além de outras exigências. Não é o deputado quem faz a checagem documental. Essa parte terá que ser explicada pelo setor competente”, citou.

O deputado disse ainda que a exoneração “é o óbvio” em situações assim, mas que a Justiça concederá amplo direito de defesa ao ex-servidor comissionado e que somente a decisão judicial com trânsito em julgado poderá definir pela culpa ou não.

Foto: Edson Rodrigues/ALMT 

PS – Postado em 11 de junho

Comentários estão fechados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está bem com isso, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia Mais

Política de privacidade e cookies