Boa Midia

Assembleia quer fomentar o turismo

Eduardo Gomes

@andradeeduardogomes

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Júlio Campos e Chico Guarnieri, na reunião da comissão

Incontáveis roteiros turísticos nos biomas Pantanal, Cerrado e Amazônia. Assim é Mato Grosso, que além das belezas naturais tem nichos turísticos históricos. Porém, esta importante fonte de abertura de postos de trabalho, geração de renda e de receita tributária permanece muito aquém de seu potencial por falta de política pública. Este cenário começará a mudar em junho, quando deputados da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da Assembleia Legislativa iniciarem visitas técnicas aos principais polos regionais do turismo.

Salto Utiariti, 85 metros de queda no rio Papagaio, limite de Sapezal e Campo Novo do Parecis

A proposta para as visitas técnicas nasceu do deputado Chico Guarnieri (PRD), presidente da citada comissão, na reunião realizada na manhã da terça-feira (20). Guarnieri propôs uma visita técnica aos municípios de Barra do Bugres, Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis, Brasnorte, Campos de Júlio e Sapezal, na região Noroeste, para conhecimento in loco dos roteiros turísticos e do etnoturismo.

A área sugerida por Guarnieri para a visitação tem algumas das referências do turismo mato-grossense, a exemplo do Salto Utiariti, Salto da Mulher pescaria nos rios Paraguai e Papagaio, contemplação no rio Verde e outros locais em perfeita sintoniza entre o homem e a natureza.

O deputado Júlio Campos, vice-presidente da Assembleia e membro da comissão, apresentou uma sugestão que foi aceita, para que a visita técnica se estendesse a outros polos turísticos. O parlamentar citou o Vale do Araguaia, o Vale do São Lourenço, o Vale do Rio Cuiabá, o Pantanal, Vila Bela da Santíssima Trindade, Cáceres, Chapada dos Guimarães, o polo de Rondonópolis e o Nortão.

Júlio Campos pondera que não será possível visitar todos os polos neste ano, mas que em 2026 o roteiro será concluído. A primeira visita acontecerá em junho, no polo escolhido por Chico Guarnieri. A elaboração da agenda será feita em sintonia com as prefeituras, as câmaras municipais e o empresariado. “Quando se fala em turismo, não é somente o turismo pelo turismo. É o ganha-ganha na hotelaria, nos postos de combustíveis, restaurantes, locação de veículos, lojas, salões de beleza, bares, conveniências, na prestação de serviço de guias turísticos e toda uma gama de produtos, o que fortalece o mercado local com uma atividade que tem o menor impacto ambiental dentre todas na cadeia econômica”, argumenta o deputado.

Ao defender a ampliação das visitas Júlio Campos destacou o Festival Internacional de Pesca Esportiva (FIPe), no rio Paraguai, em Cáceres, que é a maior competição de pesca embarcada em água doce do mundo, segundo o Guinness Book; a Cavalhada, em Poconé, que é uma manifestação cultural que recapitula artisticamente as lutas medievais de Mouros e Cristãos; a Temporada de Praia no Araguaia, nas cidades ribeirinhas; os festivais de pesca de São Félix do Araguaia e Porto Esperidião; a Cidade de Pedra, em Rondonópolis; o rafting no rio Tenente Amaral, em Jaciara; a Caverna do Jabuti, em Curvelândia; as ruínas da Matriz em Vila Bela da Santíssima Trindade e a Dança do Chorado, naquela cidade; o paraíso de contemplação em Nobres; dentre outras atrações.

Júlio Campos tem vivência na área. Por um curto período, entre 2001 e 2002 Júlio Campos foi vice-presidente da Embratur e tentou montar um projeto de desenvolvimento do turismo no Brasil interior, que contemplaria o Centro-Oeste e de modo especial Mato Grosso, mas sua presença na função foi rápida, o que inviabilizou a criação do programa que visava despertar interesse empresarial do trade turístico pela exploração do turismo interiorano e estabelecer parcerias com os governos estaduais e prefeituras nesse sentido.

Júlio Campos conversa com jornalistas

Após a sessão, Júlio Campos conversou com jornalistas e falou sobre a diversidade turística mato-grossense. O deputado citou o turismo místico em Chapada dos Guimarães; na Serra do Roncador, em Barra do Garças; e no Templo da Eubiose, em Nova Xavantina. Destacou o turismo cultural e histórico de Vila Bela da Santíssima Trindade, que anualmente realiza a Festança, que é um conjunto de danças e atos religiosos que formam uma idiossincrasia, com destaque para a Dança do Congo e a Dança do Chorado. “Tive a honra de apresentar o projeto na Assembleia, que foi aprovado e virou lei transformando a Festança em Patrimônio Imaterial de Mato Grosso”, acrescentou.

O deputado também disse que a comissão precisará criar mecanismos de sintonia entre o turismo rural e o turismo convencional e citou o exemplo da Oeste Rural Show, em Pontes e Lacerda, que poderia apresentar shows regionalizados com o Grupo Aurora do Quariterê, da Dança do Chorado; e da internacional Exposul, em Rondonópolis, que precisa abrir espaço para o grupo Os Caretas, de Guiratinga, e organizar comitivas para a prática de esportes radicais em Jaciara.

Júlio Campos e Acácio discutem turismo

SÃO FÉLIX – Após a reunião e a conversa com os jornalistas, Júlio Campos recebeu em seu gabinete o prefeito de São Félix do Araguaia, Acácio Alves de Souza (Republicanos).

Os dois conversaram sobre a incrementação do turismo. São Félix, diante da Ilha do Bananal e próxima à foz do rio das Mortes no Araguaia, é um cartão-postal em movimento. O município prepara a realização da 35ª Temporada de Praia do Araguaia, de 10 a 27 de julho.

Fotos: 

1, 3 e 4 – Edson Rodrigues

2 – blogdoeduardogomes.com.br

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