Boa Midia

Grupo de WhatsApp Boamidia – Cláudio eleito em Rondonópolis

Eduardo Gomes

@andradeeduardogomes

eduardogomes.ega@gmail.com

Vários participantes do grupo de WhatsApp Boamidia, de Cuiabá, foram eleitos e reeleitos em 6 de outubro em alguns municípios, e dentre eles, Cláudio Ferreira de Souza (PL), deputado estadual, se elegeu prefeito de Rondonópolis.  Desejando bom cumprimento de mandato a todos, o blog posta aleatoriamente uma matéria com cada um deles.

Rondonopolitano, Cláudio nasceu em 28 de junho de 1979, no Hospital Samaritano, que não existe mais. Empresário, biólogo e paisagista, o prefeito eleito de Rondonópolis é deputado estadual.

Seu vice e correligionário é o médico neurocirurgião e pastor da Igreja Visão Profética, o paranaense de Paranavaí, Altemar Lopes da Silva, de 55 anos.

POLÍTICA – Em 2020, filiado ao DC, e estimulado por amigos, Cláudio aceitou o desafio de disputar a prefeitura num pleito fragmentado por oito candidaturas, o que facilitou a reeleição de Zé Carlos do Pátio (SD), que tinha a máquina pública nas mãos.

Mesmo estreante em política, Cláudio encabeçando uma chapa com Reginaldo dos Anjos (Patriota) recebeu 17.498 votos (17,21%) saindo fortalecido da campanha. Seu nome cresceu e dois anos depois, num rearranjo das forças de direita, pelo PTB, elegeu-se deputado estadual com 26.234 votos, sendo o mais votado em Rondonópolis, muito embora pesquisas apontassem que o deputado estadual Thiago Silva (MDB) seria o mais votado ao cargo no município. Cláudio Ferreira cravou 21.702 votos (18,57% do eleitorado rondonopolitano) e Thiago ficou em terceiro, com 12.999 (11,12%).

Na Assembleia Cláudio cumpre o mandato com dignidade, nunca se envolveu em escândalo e, dentre suas ações um dos destaque é a lei de sua autoria que criou a CNH Social.

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PREFEITO – Neste ano Rondonópolis elegeu pelo voto direto o primeiro rondonopolitano, Cláudio.  Pela coligação Mudança de Verdade que Rondonópolis  Precisa, formada pelo PL, PP, NOVO, DC, Podemos e a Federação PSDB/Cidadania a chapa de Cláudio e Altemar recebeu 56.356 votos (45,74%); Thiago Silva (MDB) ficou em segundo, com 40.831 (33,14%) ; e Paulo José (PSB), em terceiro, com 26.027 votos (21,12%).

Município superlativo

A cidade que espera por Cláudio

Tão grande quanto Rondonópolis são seus problemas e alguns estão na essência da prefeitura, como os mistérios que cercam os licenciamentos ambientais concedidos pelo Sanear, e o transporte coletivo urbano municipalizado, para o qual o prefeito eleito assegura que estipulará tarifa de 1 real, e que analisará qual sistema adotar: se concedido à iniciativa privada ou mantido pelo município.

Com 259.167 habitantes, sede da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR); afunilamento do multimodal de commodities agrícolas para o porto de Santos pelos trilhos da Rumo Logística, no maior terminal de cargas ferroviárias agrícolas da América Latina; com o tratamento do esgoto universalizado e de igual modo o fornecimento de água domiciliar, a Terra de Daniel Moura ainda não teve olhar para uma população invisível, que não encontra mercado de trabalho local e que parte em busca de serviço em agropecuárias, construção de barragens e outras atividades criando a figura da Viúva com Marido Vivo.

Cláudio terá que enfrentar o desafio de afastar a prefeitura do inchado movimento comunitário, que custa alto aos cofres públicos, tanto por sua dependência de empregos para dirigentes quanto para parentes dos mesmos, e pelos encargos sociais que gera para os cofres públicos, que em algumas circunstâncias são acionados em socorro dos invisíveis que não exercem algum tipo de profissão.

Que o prefeito eleito tenha sensibilidade suficiente para compor o secretário com homem e mulher, porque o universo feminino tem que ser respeitado na terra que é de todos, também como forma de reverenciar a memória de Irmã Luiza, vereadora Arolda Dueti, tenista Bruna Paes, Dora Stefanini, empresária Jupia Oliveira Mestre, radialista Lucimar Sesmilo, professora Edith Pereira Barbosa, vereadora Elza Oliveira, comunitária Dona Carmem Cardoso de Sá, comunitária Hilda Francisca dos Santos (Hilda Furacão), comandante Dagmar Parini, pediatra Ana Helena Krisam Rodrigues Matielli, pró-reitora Soraiha Miranda de Lima, deputada estadual Vilma Moreira dos Santos, dona Minervina Pereira Fagundes, dona Celina Fialho Bezerra, professora e escritora Wilse Arena Costa, professora Elby Milhomem e tantas outras mulheres que hoje, dos céus, lançam luzes sobre o melhor lugar do mundo e que atende por Rondonópolis.

Rondonópolis é referência regional para atendimento de pacientes regulados pelo SUS. Nesta área, uma guerra declarada entre o prefeito Zé Carlos do Pátio e a Santa Casa cria embaraços tanto para os que necessitam da saúde pública quanto para a administração daquele hospital filantrópico. Claudio precisará harmonizar a relação da prefeitura com a Santa Casa, e além disso, terá que cobrar a instalação e funcionamento de um aparelho de ressonância magnética, que destinou àquele hospital, no ano passado, e permanece encaixotado.

Marco da presença japonesa

Cidade cosmopolita, Rondonópolis, ao lado da Terra Indígena Tadarimana, dos bororos, ganhou sopro de vida com as levas de nordestinos, sobretudo baianos, parte em busca de um cantinho para plantar e viver em paz, e parte correndo atrás do diamante. Sua população abriu os braços para as colônias japonesa e árabes. Depois o Rio Grande do Sul e seus vizinhos Santa Catarina e Paraná descobriram a riqueza agrícola no cerrado. Os mineiros sempre estiveram presentes, mas de pouca prosa, nem sempre são citados. Brasil de todos os cantos, sotaques e credos encontrou abrigo nas terras do rio Poguba, que insistimos em chamar de Vermelho.

Prefeitura em tempo integral

Cláudio terá que administrar para todos na terra onde o primeiro prefeito, nomeado até a primeira eleição foi Rosalvo Farias, baiano, que passou o cargo a Daniel Moura, de Tocantins, e que chegou ao paranaense Zé Carlos do Pátio, que é coestaduano do vice-prefeito eleito Altemar.

Cláudio quer modernizar o trânsito urbano e planeja construir quatro viadutos. T

omara que consiga, pois Rondonópolis precisa mesmo de investimento em transporte e mobilidade. Sugiro que um receba o nome de Prefeito Sátiro Pohl Moreira de Castilho, um engenheiro civil sonhador, professor da UFMT, que presidiu o CREA e que no cargo de prefeito (2 de fevereiro de 1963 a 31 de janeiro de 1967) foi o que mais investiu em infraestrutura, incluindo galerias pluviais construídas há mais de meio século e funcionando a contento.

A expansão urbana é permanente e o crescimento industrial também. Com mais moradores a cidade tem que aumentar a oferta de serviços públicos,e o prefeito tem que desenvolver uma política para motivar empresários a investirem em seus distritos industriais, e também nos pequenos municípios no entorno, para evitar o caos social neles, o que acaba refletindo na segurança pública rondonopolitana.

A relação de Cláudio com a Câmara tende a ser harmônica, perto da consensualidade, não somente pela ampla maioria de seu grupo naquele Parlamento, mas pelo perfil da vereança rondonopolitana, sempre pronta a apoiar o prefeito independentemente de quem exerça o cargo.

Espero que Cláudio alcance suas metas administrativas e, se possível, que as supere. Mas, acima de tudo peço a Deus que ele realmente tenha força para botar em prática o que me disse numa coletiva na Assembleia Legislativa, no dia 9, ao lado do deputado estadual Júlio Campos (União): “A guerra contra a Santa Casa acaba em 1º de janeiro e no mesmo dia começa a guerra contra a corrupção”.

2026 é agora

 

Cláudio mirou a Prefeitura de Rondonópolis, não errou o alvo, mas, também, acertou o até então poderio do grupo político do governador Mauro Mendes (União), que tentará permanecer no poder pelas urnas de 2026.

Com a vitória de Cláudio; e de Flávia Moretti (PL) para prefeita de Várzea Grande, os politicos, empresários e profissionais liberais de direita que até então pisavam em ovos quando o assunto era 2026, podem sair por ai perguntando o endereço do palanque. Neste contexto, a eleição de Cláudio tem um peso muito grande, por sua ligação com o empresário Odilio Balbinotti Filho, que desde a eleição de 2022 tem seu nome lembrado para disputar o governo.

A derrota de Mauro Mendes no primeiro turno em Cuiabá, quando apoiou o deputado estadual Eduardo Botelho (União); em Várzea Grande, no palanque de Kalil Baracat (MDB); e em Rondonópolis, onde o União Brasil compôs a coligação que perdeu a eleição com Thiago Silva, fortalece Balbinotti, que mais forte ainda fica quando se vê que em Sinop a reeleição de Roberto Dorner (PL) cria mais uma base de sustentação eleitoral contra o grupo de Mauro Mendes.

A derrota de Thiago Silva em Rondonópolis fez um verdadeiro strike político naquele município e em Cuiabá. A vitória de Flávia Moretti atingiu não somente Mauro Mendes, mas, também, os irmãos Jayme e Júlio Campos, o primeiro senador e o outro deputado estadual, e ambos ex-prefeitos de Várzea Grande e ex-governadores.

Caso Abílio Brunini (PL) seja eleito no segundo turno em Cuiabá, o fortalecimento de Balbinotti ainda será maior. Se o resultado for o contrário, depois de sua massacrante maioria de votos no primeiro turno, sua queda fatalmente será debitada a Mauro Mendes, que passou a apoiá-lo.

Administrar em tempo integral será o dever de Cláudio. Ouvir o conselho consultivo formado por notáveis, será uma forma de ampliar a visão sobre o que deve ou não ser feito, e como fazê-lo, se for o caso. Sem prejuízo disso, Cláudio tem que ocupar espaço pela relevância do cargo e de seu município, para fortalecer Balbinotti não somente junto ao agronegócio, que é a atividade dele, mas em Mato Grosso como um todo.

Uma administração vibrante, transparente e um bom projeto político para Mato Grosso não é mero sonho, nem utópico. Que Cláudio bote a mão na massa e não se esqueça que o amanhã mato-grossense tem que ser em sintonia com sua população, seu perfil social e sua matriz econômica, com Rondonópolis assumindo o papel que lhe cabe neste contexto.

Ao lado de Cláudio, os parlamentares de seu partido e das legendas aliadas poderão fortalecer o Projeto 2026. Afinal, o amanhã de Rondonópolis não é responsabilidade exclusiva da iniciativa privada, porque passa, sobretudo, pela política e política se faz de véspera, mesmo quando se administra uma grande cidade como Rondonópolis.

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