Deputados criam Comissão para definir o amanhã da Empaer
Eduardo Gomes
@andradeeduardogomes

Nem tanto ao mar nem tanto à terra. A audiência pública para debater a venda de quatro áreas rurais da Empaer e a destinação de um terreno urbano para a construção de moradias populares, realizada na tarde da segunda-feira, 24, na Assembleia Legislativa, não conseguiu definir a linha de entendimento do deputado Júlio Campos (União), que a convocou e presidiu. A complexidade do tema e a forma intransigente com que as partes divergiram levaram os deputados participantes a decidirem pela criação de uma comissão mediadora, para funcionar como bombeiro e encontrar o melhor caminho para que aquela empresa pública estadual de pesquisa, assistência e extensão rural cumpra seus propósitos em benefício das 150 mil famílias de assentados, quilombolas, comunidades tradicionais, sitiantes e chacareiros nos 141 municípios instalados.
A comissão não tem nome definido nem prazo para entrar em funcionamento, mas acredita-se que isso ocorra ainda nesta semana, pela urgência do cenário criado pela política do governador Mauro Mendes (União) que inclui os temas que levaram à realização da audiência. Por consenso, Júlio Campos presidirá essa comissão.
A audiência estava prevista para acontecer em três horas, e o tempo foi respeitado. Porém, o presidente da Empaer, Suelme Fernandes, fez um pronunciamento de 1 hora e 6 minutos, o que impediu a fala de servidores, pesquisadores e autoridades inscritos para o microfone. Suelme lançou mão de uma tática estudantil, de prolongar o discurso na tentativa de esvaziar o contraditório.

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