Deputados correm atrás de outros mandatos e o eleitor que desate esse nó

José Medeiros (PODE), Emanuel Pinheiro Neto (PTB) e Juarez Costa (MDB). São deputados federais e sonham acordados em limparem as gavetas de seus gabinetes em nome de outros cargos. O que deu neles pra essa tentativa precoce de interrupção de seus mandatos na bancada federal? Nenhum dos três apresentou um projeto relevante sequer, mas teimam em se mostrar atuantes como se fossem credenciados a outras funções?  A campanha se afunila com esse nó que a fome pelo poder joga para o eleitor desatar.

Até o final de 2014 Medeiros nunca havia exercido mandato. Era suplente do então senador Pedro Taques (PDT), que deixou o cargo para assumir o governo mato-grossense que conquistou em primeiro turno em outubro daquele ano.

Ao término do mandato de senador Medeiros foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral por decisão unânime, por fraude na ata que registrou sua candidatura à suplência. Recorreu e ganhou fôlego enquanto espera o julgamento do mérito, que poderá afastá-lo da vida pública por oito anos.

Bolsonaro se candidatou a presidente em 2018 e Medeiros literalmente vestiu sua camisa, mas com a prudência de não tentar mandato de senador, optando por disputar votos proporcionais para deputado federal. Na sombra de Bolsonaro se elegeu. Agora concorre ao Senado pelo Podemos.

Caso Medeiros se eleja senador será substituído por Gisela Simona (PROS). Gisela tem ainda outra chance de ser deputada, pois é a primeira suplente de uma coligação que além de Medeiros, tem o deputado federal Emanuel, que tenta por todos os meios ser prefeito de Várzea Grande.

Gisela é candidata a prefeita de Cuiabá. Caso se eleja e um dos deputados também vença a disputa, a vaga da coligação ficaria com Serys Slhessarenko (PRB); se Medeiros e Emanuel forem eleitos, e Gisela, também, as vagas seriam duas: para Serys e Rafael Ranalli (PROS).

Juarez Costa por duas vezes foi prefeito de Sinop e tenta mais um mandato. O primeiro suplente de sua coligação é Valtenir Pereira (MDB).

Em suma, no máximo da mudança, a bancada ganharia Valternir, Gisela e Serys, e caso Gisela vença em Cuiabá, a composição mudaria com a entrada de Ranalli

A continuidade dos deputados na Câmara ou as possíveis mudanças não mudariam muito o cenário. Serys foi senadora pelo PT e Valtenir deputado por vários partidos. Valternir exerceu mandatos na Câmara, mas não deixou sua marca parlamentar em Brasília – e está envolvido num esquema de desvio de recursos sob investigação pela Polícia Federal. Serys foi senadora e autora do embrião da Lei da Delação Premiada.

PERMANECEM – Independentemente do resultado das urnas permanecem na bancada federal os deputados Nelson Barbudo (PSL), Carlos Bezerra (MDB), Neri Geller (Progressistas), Dr. Leonardo (SD) e Rosa Neide (PT).

Redação blogdoeduardogomes

FOTOS:
1 – Meramente figurativa

2 e 3 – blogdoeduardogomes

4 – Divulgação assessoria José Medeiros