Não há UTI vaga, mas governo promete abrir Arena pra testagem

O governo do democrata Mauro Mendes não divulga mais quantos pacientes se curaram do coronavírus nem quantos se encontram em isolamento domiciliar. Essa névoa impede que a população conheça a real dimensão da pandemia do coronavírus, que matou 1.047 em 89 municípios e que contamina 28.526 mato-grossenses. Nas últimas 24 horas ocorreram 33 mortes e foram notificados 903 casos da doença. Não há UTI disponível, mas Mauro Mendes promete abrir a Arena Pantanal pra testagem, mas sem assumir compromisso com data. Essa a realidade em Mato Grosso.
Dos contaminados, 915 estão internados – 503 em enfermaria e 412 em unidades de terapia intensiva (UTIs), cm leitos para coronavírus em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Barra do Garças, Cáceres e Juína – nos outros 133 municípios não há UTI pública para contaminados. Existem apenas 442 UTIs públicas em Mato Grosso e, isso, graças a um consórcio de prefeitos do Nortão, que instalou nove no Hospital Regional de Sinop, na última sexta-feira.
Enquanto a pandemia avança governo e prefeitura judicializam o coronavírus. Ora o comércio fecha ora abre, ora se decreta lei seca ora se libera bebida, ora se impõe toque de recolher ora se escancaram as avenidas a noite toda. Numa parceria do governo com as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande a Arena Pantanal será transformada num centro de triagem para a doença – não confundam com hospital de campanha, que isso está fora de cogitação. Será assim: quem estiver com suspeita de coronavírus vai até a Arena, faz teste e, se confirmado, volta pra casa com remédios e fica em isolamento social Essa iniciativa corre o risco de causar aglomeração.
A taxa oficial de ocupação dos leitos de UTI é de 91,3%, mas não sonhe com vaga pra quem precisa, pois há mais de duas semanas não há UTI disponível. A fila de espera é longa e o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, admitiu que seja de 30 a 40 pacientes em média.
O epicentro da doença é Cuiabá, onde matou 313. Os óbitos em escala decrescente aconteceram também em Várzea Grande (185), Rondonópolis (98), Sinop (39), Barra do Garças (33), Pontes e Lacerda (27), Primavera do Leste e Cáceres (23 cada), Sorriso (22), Lucas do Rio Verde (18), Confresa e Porto Esperidião (10 cada) e em outros 77 municípios com números menores. Também morreram em Mato Grosso 17 residentes em outros estados.
Cuiabá é o mais atingido, com 6.208 casos da doença seguido por Rondonópolis (2.200), Várzea Grande (2.122), Lucas do Rio Verde (1.359), Sorriso (1.224), Tangará da Serra (1.154), Primavera do Leste (1.075), Sinop (890), Nova Mutum (683), Pontes e Lacerda (653), Campo Verde (521), Cáceres (474), Colíder (402), Barra do Garças (384), Peixoto de Azevedo (378), Sapezal (377), Confresa (356), Campo Novo do Parecis (352), Querência (304) e Matupá (274) e outros 119 municípios. Além deles, 132 fora de Mato Grosso contraíram a doença em visita ao Estado.
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